terça-feira, 17 de novembro de 2009

VALORES E A CRIANÇA PEQUENA


A transmissão de valores é uma das preocupações que todo pai tem ao educar. Como fazer isso no dia-a-dia? Quais valores precisam ser passados? A escola pode ajudar? É natural que dúvidas acabem surgindo: o assunto é sério. Sem transmitir os valores humanos universais, não há como formar cidadãos éticos e preparados para viver em sociedade. Apesar de não existir respostas simples, é possível apontar caminhos a serem seguidos, com o objetivo de amenizar alguns problemas de comportamento enfrentados atualmente.

Indisciplina, rebeldia, birra infantil, envolvimento dos jovens com álcool e drogas e os insatisfatórios níveis de aprendizagem estão entre as reclamações mais comuns das famílias (e das escolas). A pergunta que fica é “como chegamos a esse ponto?”. Para o psicoterapeuta e consultor organizacional José Ernesto Bologna, a realidade de hoje é conseqüência das transformações que marcaram o século 20 - perda do papel da religião como fonte de moralidade, desestruturação da família e, também, nascimento de um novo status para o jovem, que passou a ser reconhecido como uma força social com vontade própria. “Ser jovem passou a ser um ideal para toda a sociedade, mesmo para os idosos”, afirma.

Muitos pais associam a Educação fincada na moral e nos valores com autoritarismo e acreditam ser um retrocesso ao conservadorismo. Educar para os valores é convidar alguém a acreditar naquilo que apreciamos, como, por exemplo, respeitar o próximo. Não há valor que se sustente sem bons exemplos. Não adianta os pais defenderem que a criança não pode agir como se ela fosse o centro do universo se eles próprios o fazem em seu dia-a-dia.

sábado, 14 de novembro de 2009

15 DICAS DE BRINQUEDOS ADEQUADOS




Apesar dos brinquedos desempenharem um papel importante na formação dos pequenos, também podem ser perigosos. Peças com bordas afiadas, feitas de materiais tóxicos e tamanhos inapropriados, por exemplo, oferecem riscos de corte, engasgamento, intoxicação, entre outros problemas.
"Quedas e engasgamento são os principais responsáveis pelos acidentes e mortes relacionados com brinquedos", afirma a ONG Criança Segura. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) complementa que a garotada com até 3 anos tem tendência a colocar pequenos objetos na boca e é mais propensa a engoli-los ou sofrer engasgos e sufocação.

Como o melhor sempre é prevenir, acompanhe os momentos de diversão dos filhos e siga à risca algumas dicas simples de como escolher a lembrança ideal para eles, segundo a ONG e a SBP:

1 - Na hora de comprar um brinquedo, observe se as instruções são claras, objetivas e contam com ilustrações. Produtos importados devem trazer as mesmas informações exigidas para os nacionais, em português, bem como as marcas do Inmetro e do organismo de certificação. Vale lembrar que as opções comercializadas por ambulantes geralmente não estão de acordo com as normas de qualidade e segurança, expondo os pequenos a riscos.

2 - Você pode testar se o brinquedo e suas peças são muito pequenos para quem tem até 3 anos. Basta colocá-los em um tubinho de filme de máquina fotográfica, que possui diâmetro aproximado ao da garganta dos pequenos. Se o objeto couber, descarte-o, porque oferece chances de engasgamento.

3 - Quando selecionar os brinquedos, considere a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança.

4 - Inspecione os brinquedos regularmente à procura de danos e potenciais riscos, como pontas afiadas e arestas. Caso haja problemas, conserte-os imediatamente ou mantenha os produtos fora do alcance da criança.

5 - Evite bexigas, porque estão entre os principais culpados por engasgamentos. Se realmente precisar usá-las, guarde-as fora do alcance dos filhos e supervisione-os durante toda a brincadeira. Não permita que as crianças as encham e tenha cuidado com os pedaços de bexigas estouradas, pois podem ser acidentalmente ingeridos. Após o uso, esvazie os balões de látex e descarte-os juntamente com eventuais pedaços.

6 - Risque da lista brinquedos com pontas e bordas afiadas, que produzem sons altos ou que apresentem projéteis, como dardos e flechas.

7 - Produtos com correntes, tiras e cordas com mais de 15 cm devem ser evitados para reduzir o risco de estrangulamento.

8 - Brinquedos elétricos podem causar queimaduras. Por isso, não os dê para crianças com menos de 8 anos.

9 - As baterias e pilhas contêm conteúdo corrosivo e podem causar sérios danos ao tubo digestivo (quando ingeridas) ou sufocação (quando aspiradas). Portanto, brinquedos que necessitam delas são destinados para maiores de 8 anos.

10 - Brinquedos dirigidos pela criança, como bicicletas, não devem ser usados próximos a escadas, rua, piscina, lago entre outros lugares que apresentem riscos.

11 - Ensine os filhos a guardar seus brinquedos após a diversão. Um local seguro para armazenamento previne quedas.

12 - Produtos para crianças maiores podem ser perigosos para as menores e devem ser guardados separadamente.

13 - Quando presentear seu filho com bicicletas, patins, patinetes e skates, não esqueça de dar também os equipamentos de segurança necessários (capacete, joelheira, cotoveleira, luvas e buzina).

14 - Os materiais utilizados na fabricação dos brinquedos devem ser atóxicos, resistentes e não-inflamáveis.

15 - Não dê brinquedos com vidros para crianças de até 5 anos.

E, lembre sempre que a criança adora construir seu próprio brinquedo, então... mãos à obra, que tal fabricar um carrinho junto com o seu filho, ou...uma boneca?
CUSTA BARATO E VOCÊS NÃO ESQUECERÃO DA EXPERIÊNCIA.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A criança pequena e o movimento





Movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mímicas faciais e interage utilizando fortemente o apoio do corpo. A dimensão corporal integra-se ao conjunto das atividades da criança. O ato motor faz-se presente em suas funções expressivas, instrumental ou de sustentação às posturas e aos gestos.
Ao brincar,como as crianças da foto que fizeram um trem com as cadeiras, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as crianças também se apropriam do repertório da cultura corporal na qual estão inseridas.
A diferenciação de papéis se faz presente sobretudo no faz-de-conta, quando as crianças brincam como se fossem o papai, a mamãe, o filhinho, o médico, o paciente, heróis e vilões, etc..., imitando e recriando personagens observados ou imaginados nas suas vivências. A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre as pessoas, o eu e os outros.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

ATENÇÃO ALUNOS DA VIZIVALI

Os alunos que concluíram o programa de capacitação para docentes oferecido pela Fa­­culdade Vizivali e pela empresa Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino (Iesde) devem fazer o recadastramento dos seus dados pela internet (www.vizivali.edu.br). Os dados servirão para a complementação de carga horária necessária para validar os seus diplomas. De acordo com a Vizivali, o recadastramento estará aberto até o dia 20 de novembro. A validação será feita pelo Instituto Federal do Paraná com a complementação de 310 horas-aulas. A previsão é de que as aulas comecem em março de 2010, e os diplomas devem ser expedidos no segundo semestre do ano que vem.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA DE REGGIO EMÍLIA

Os alunos com menos de seis anos de Reggio Emilia, cidade no norte da Itália, nunca levam para casa tudo o que produzem na escola. As esculturas menores decoram vitrines do comércio local. Quando grandes, ganham destino ainda mais nobre: são colocadas em espaços públicos. Os desenhos são requisitados para ilustrar guias de pontos turísticos. E até o Teatro Ariosto, o mais importante da região, escolheu um pano pintado coletivamente por eles para ser a cortina de seu palco principal.

Não, meu amigo, você não está diante de pequenos Michelangelos. Esses bambini tão talentosos sequer têm aulas de desenho - muito menos de pintura ou de escultura. Mas, na escola que freqüentam, o tempo não é dividido por disciplinas ou atividades. Lista de habilidades a desenvolver também não faz parte da rotina. No entanto, a criatividade e a qualidade dos trabalhos desenvolvidos fizeram com que essa maneira peculiar de ensinar fosse considerada, há dez anos, a melhor do mundo pelos consultores da revista norte-americana Newsweek. E, até hoje, nenhum outro sistema atingiu o mesmo posto.

Abordagem sim, método não

Os seguidores recusam a palavra método, pois afirmam que ela remete a procedimentos planejados para conquistar reações e aprendizagens predeterminadas. “Chamamos de abordagem, pois temos como princípio respeitar a maneira de cada um aprender e, para isso, precisamos estar atentos aos caminhos que eles mesmos propõem”, explica Ana Maria Barrucci, coordenadora do Centro de Pesquisa e Difusão. Com isso, quem procurar por um método Reggio Emilia não encontrará registro, mas irá se deparar com alguns princípios que podem ser incorporados e colocados em prática.

Um deles é a crença de que o aprendizado nunca será o mesmo se alguém deixar de dar a sua colaboração. Por isso, a curiosidade e os questionamentos de todos têm valor e são decisivos na escolha dos temas dos projetos de ensino. Eles surgem da fala dos pequenos, registrada atentamente pelos professores e estudadas pela equipe pedagógica. Por isso, uma mesma experiência não pode ser repetida com diferentes sujeitos com a finalidade de produzir os mesmos resultados.

A teoria que sustenta todo esse sistema, a Pedagogia da Escuta, foi sistematizada pelo educador italiano Loris Malagguzzi, que buscou fundamentos nos estudos em Educação e Neurociências dos anos 1960 e 1970 (leia o histórico no quadro ). “Além de estar atento à fala, é preciso estar disponível e ter sensibilidade para ouvir as cem, as mil linguagens, símbolos e códigos que as crianças usam para se expressar”, explica Carla Rinaldi, consultora científico-pedagógica de Reggio Emilia.

Somente muita atenção conseguiria transformar a adoração pela estátua de um leão em projeto pedagógico; a multidão encontrada nas praias durante as férias de verão ou a dúvida sobre o equilíbrio dos objetos em tema de estudo ou, ainda, a sombra de um desenho de passarinho na parede da escola... O filósofo inglês David Hawkins, em um artigo sobre essas escolas italianas, afirmou que lá não existe um currículo para ser coberto, mas vários para serem descobertos. Uma das poucas restrições aos professores é nunca dizer nada que os alunos não possam ver, distinguir ou opinar.
Registros detalhados

Para melhor escutar, os colegas de Reggio Emilia trabalham em dupla - são dois pedagogos por turma, não um profissional e um auxiliar ou estagiário. Anotar, fotografar, gravar e filmar são parte fundamental da rotina. Essa documentação será analisada pela equipe para a proposição de novas experiências. “São eles que lançam a bola. Nós devemos pegá-la e devolvê-la, de modo que queiram continuar brincando conosco, criando outros jogos enquanto terminamos o primeiro”, ilustra Ticiana Filippini, coordenadora dos educadores de Reggio Children.

Essa observação talvez seja um dos aspectos mais difíceis dessa abordagem, pela multiplicidade de trabalhos que surgem. Em uma turma de vinte alunos, podem existir quatro ou cinco projetos diferentes, desenvolvidos por grupos menores. Esses mesmos estudantes ainda exploram um segundo tema em dupla e trabalham com outras classes ou mesmo com toda a escola. E, apesar da profusão de atividades, cada tema deve ser trabalhado em profundidade. Nenhuma atividade termina em si mesma. A existência de várias etapas para concretizar um projeto leva o grupo a fazer conexão entre as experiências e a explorar diversas possibilidades.

O projeto Retrato do Leão, por exemplo, um dos expostos na mostra, começou com a adoração pela estátua do animal da praça vizinha à escola. Ao decidir retratá-lo, foi agendada uma visita ao local para observação da escultura e interação com ela. Foram tirados moldes de suas formas, feitos contornos de sua sombra e desenhos de diferentes ângulos - até imaginaram como o leão estaria “vendo” a praça. Na classe, hora de confeccionar máscaras e fantasias, experimentar a sensação de ser o próprio animal, perseguir os colegas e ser perseguido por eles, interagir com sua imagem usando filmes e slides. Ao mesmo tempo, os alunos desenvolveram projetos da representação do bicho usando argila e pintura.

Um projeto assumido por todos os estudantes da Escola Villeta foi a montagem de um parque para passarinhos, o Luna Park, pois eles haviam se penalizado com a falta de diversão para as aves da cidade. O esboço, a maquete e a montagem do projeto foram realizados somente depois da pesquisa em diversos moinhos e parques de verdade, para observar o funcionamento dos brinquedos que seriam criados, como a roda gigante e a fonte, entre outras atrações.

Linguagem visual

Aproximar-se da abordagem de Reggio Emilia significa descobrir tudo o que a linguagem visual pode oferecer. Não se estimula a ler e a escrever, mas isso não significa que a escrita não possa ser utilizada como mais uma das formas de expressão, quando houver necessidade. “A linguagem visual é espontânea na infância”, afirma Ana Maria Barrucci.

Por isso, em todas as unidades de Reggio Emilia existe um profissional formado em Arte que fornece diversas opções de técnicas e materiais. Eles são coordenados por Vea Vecchi, ganhadora do Prêmio Lego no ano passado, considerado o Nobel da Educação, o mesmo recebido nos anos 90 por Loris Malagguzzi.

Por que as produções têm tamanha qualidade e sofisticação? Ana Maria acredita que elas são fruto de um trabalho conjunto e do estímulo à observação: “A riqueza de detalhes está na soma da visão de vários indivíduos, que enxergam diferentes facetas da realidade a constróem coletivamente”.

Obs.: Matéria cedida pela Revista Nova Escola
Site: www.novaescola.com.br

As lições de Reggio Emilia


Celso Antunes escrevendo para o portal Aprende Brasil, nos alegrou muito com a matéria sobre as lições de Reggio Emília, que eu compartilho com todos os meus amigos educadores:

Uma primeira lição, talvez a mais significativa, é aceitar que as crianças podem comunicar seus pensamentos e seus saberes, seus sentimentos e sua imaginação através de múltiplas linguagens e que, entre elas, nenhuma se destaca. É essencial a descoberta de que o que aprendemos pode ser falado, mas pode também ser interpretado, desenhado, musicado, dançado, enfim, expressado por diferentes vias. É essencial que as crianças conheçam, experimentem e respeitem todas essas vias e saibam descobri-las em sua relação com o mundo, com a alegria e com a vida. Diferentemente de como hoje ocorre na maior parte das escolas, as representações visuais não podem mais ser vistas como elementos decorativos, mas sim como recursos adicionais para um aprofundamento sobre os saberes que se constrói.

Outra lição importante é substituir a anacrônica visão de um mundo de conhecimentos organizados em disciplinas escolares por um outro, em que as lições de todas as áreas do saber se insinuam através de um projeto no qual um tema de interesse dos alunos e proposto por eles foi eleito como prioritário. Em Reggio Emília, por exemplo, quando se desenvolveu o projeto Tudo sobre as Bolas, estudou-se a matemática pela análise do seu movimento, a geografia dessa bola monumental em cuja superfície vivemos, a história das bolas e das esferas no lazer e na arquitetura dos tempos que se foram, a ciência das bolas presentes na natureza e assim por diante.

A terceira lição envolve a natureza e a seriedade do relacionamento adulto-criança. Desaparece nesse sistema educacional a hierarquia dos que sabem e dos que não sabem, dos que mandam e dos que obedecem, substituída por um relacionamento fundamentado em essencial parceria e centrado em torno de um projeto, visando à conquista de algum saber, de alguma coisa. São relacionamentos que contêm interesses e envolvimentos mútuos e, uma vez que não existem lições pré-especificadas e formais que todas as crianças precisam aprender, os professores e os pais podem criar múltiplos jogos e atividades que contribuam para o entendimento mais amplo do tópico que define a meta do projeto escolhido.

Uma importante lição que os professores de Reggio Emília transmitem aos seus colegas de todo o mundo é que, quando o adulto se comunica com sincero e sério interesse pelas idéias das crianças em suas várias formas de expressão, ocorre uma parceria de profunda relação afetiva e de plena interação pedagógica.

Uma lição significativa, e que as escolas Waldorf em todo o mundo também cultivam com ênfase, é a importância de as crianças permanecerem com os mesmos professores durante três ou mais anos, ainda que, além de um professor geral, possam se alternar professores específicos. Conhecendo melhor a criança e mais profundamente seus pais e seus valores, o educador pode compreender melhor o desenvolvimento humano e auxiliar a criança a descobrir-se agente de suas próprias mudanças.

O carinho, a ternura e o sentimento de afeto e respeito que os educadores de Reggio Emília nutrem pelos alunos de maneira alguma os distancia da imensa responsabilidade de dizerem “não” e de estabelecerem, junto com as crianças, regras que todos devem cumprir. As crianças de Reggio Emília não cogitam dispor de "servos" que arrumem suas mesas, mantenham seu material em ordem ou cumpram as obrigações que lhes cabem.

Entre ainda outras tantas lições que, por falta de espaço, omitiremos, seria impossível não concluir com a importante mensagem de que nessa comunidade escolar a educação é sempre centrada no aluno e em seu potencial ótimo e que, dessa maneira, não possa existir a suposição de que virtualmente todas as crianças devam ser sujeitas à mesma seqüência de tratamento, instrução e construção do saber. O desenvolvimento voltado para o ótimo se contrapõe à concepção, entre nós arraigada, de uma avaliação centrada no máximo. O máximo nivela identidades e padroniza procedimentos. O ótimo individualiza percepções e permite que tenhamos em nossos próprios limites o anseio para nosso desejado progresso.

Referências Bibliográficas

Para obter mais detalhes sobre Reggio Emília, leia As Cem Linguagens da Criança, de C. Edwards, L. Gandini e G. Foman, publicado no Brasil pela Artmed.

Para ter uma versão mais brasileira sobre estratégias possíveis para a percepção dessas linguagens, leia Jogos para a Estimulação das Múltiplas Inteligências, do próprio autor. 7. ed. Editora Vozes, Petrópolis.

AGUARDEM!!!! NOVOS PROJETOS

domingo, 11 de outubro de 2009

Como ensinar música para os bebês



A educação musical é um processo de construção do conhecimento através da qual aprende-se a ouvir, escutar, perceber, descobrir, imitar, explorar, expressar, criar, sentir e apreciar música.

Mas o que acontece nas aulas de musicalização para bebês?

As aulas geralmente são em grupo (para estimular a sociabilização). A criança aprende por observação, imitação e experimentações. É sempre acompanhada por um adulto responsável (mãe, pai, avó, tia), pelo menos até completar um ano e seis meses a dois anos, que participa da aula, junto com o bebê. O ambiente é sempre alegre, espontâneo e descontraído. A duração média é de 30 minutos. O grupo senta-se em círculo no chão, onde são realizadas as atividades.


Trabalha-se nessa fase, principalmente a percepção sensorial e motora, a linguagem gestual, a construção do esquema corporal, a socialização, a movimentação natural ( andar, correr, saltar), a formação de repertório, a disciplina pessoal, a coordenação motora e posteriormente e consequentemente, a construção de conceitos de propriedades do som como forte e fraco, rápido e lento, timbres, noção de pulsação, grave e agudo.

Como?
Através da manipulação e exploração de objetos que produzam ruído, acompanhar uma música instrumental de boa qualidade, canções que estimulem a linguagem falada através de gestos, canções e danças que estimulem movimentos de marcha, saltos, palmas, brincadeiras de roda e audição de diferentes gêneros musicais (ritmos).

Exemplo de uma aula:
Cumprimento cantado: Bom dia, crianças, bom dia, ...(o nome do aluno), cantado com intervalo de 3a. menor ( sol-mi );

Oferecer objetos que produzam ruído como tubos de filme, potes de iogurte, colheres, para livre exploração;

Uma canção como "o relógio"ou "sapateiro" para desenvolver a noção de pulsação, onde os bebês acompanham a música livremente, com palmas ou com os objetos oferecidos na atividade anterior;

Uma canção que estimule a movimentação corporal, como: "Serra, serra serrador";

Uma canção que estimule a linguagem oral: "Eu vi, eu vi, eu vi um jacaré será que ele queria pegar o meu pé...";

Uma canção que estimule a linguagem gestual: "Cai, cai, balão";

Marchas, cirandas e brincadeiras musicais: "Marcha soldado", "Ciranda, cirandinha";

Música instrumental para ser acompanhada livremente por instrumentos de percussão;

Relaxamento: canções de ninar;

Canção de despedida.


Além de recursos visuais como: cartazes e brinquedos ( bonecas de pano, bolas, cavalinhos de pau, bichos de pelúcia).

O importante é adaptar as várias metodologias existentes de acordo com cada realidade, dos diferentes grupos, tendo a consciência de que cada criança é um indivíduo com necessidades e características próprias, aumentando o vínculo afetivo entre pais e filhos, criando uma nova forma de educar, resgatando valores. Humanizar é preciso. Através da linguagem mais universal e democrática que existe: a música!


"A música é para todos." Zoltan Kodàly ( Hungria)
"Não basta saber tocar sonatas de Beethoven ou rapsódias de Liszt para poder ensinar música às crianças. Se trata, pois, de algo distinto:penetrar na natureza íntima da música e compreender seu rico conteúdo humano."
"A palavra musicalização tem um sentido bem mais amplo do que ensinar noções de leitura e escrita musical..." Josette S. M. Feres

sábado, 10 de outubro de 2009

OBJETIVOS DO MOVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL



As pessoas engajadas na Educação Infantil percebem a necessidade das atividades de Movimento para as crianças. Essas atividades quando são desenvolvidas nas escolas infantis, na prática, restringem-se a brincadeiras nos aparelhos do parque, jogos de correr, brincadeiras livres nos espaços internos e externos da escola e brincadeiras de rua, todas elas permeando o objetivo de recreação.
É importante que o aspecto lúdico seja desenvolvido nas crianças, com a finalidade de recrear-se.
Entretanto, os objetivos do componente curricular “Movimento” para a Educação Infantil não podem resumir-se na visão de recreação.

Veremos abaixo alguns dos principais objetivos do Eixo "movimento":

1. Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo;

2. Explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação;

3. Deslocar-se com destreza progressiva no espaço ao andar, correr, pular, et., desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras;

4. Explorar e utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento, etc., para o uso de objetos diversos;

5. Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais situações de interação;

6. Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força, velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e as potencialidades de seu corpo;

7. Controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando seus recursos de deslocamento e ajustando suas habilidades motoras para utilização en jogos, brincadeiras, danças e demais situações;

8. Utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento, etc., para ampliar suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos;

9. Apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo, conhecendo e identificando seus segmentos e elementos e desenvolvendo cada vez mais uma atitude de interesse e cuidado com o próprio corpo.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Construindo o Saber


O ato de ler pertence aos elementos essenciais do universo. Segundo Paulo Freire, todos somos leitores e só a partir dessa certeza é que tudo o mais no mundo cria-se e recria-se. Através da leitura, o homem forma conceitos e questiona sentidos, generaliza palavras e particulariza idéias, comunica verdades e desconstrói hipóteses.

Sem a leitura, nada no universo da linguagem é possível, e “tudo” só é possível pelo viés do universo da linguagem.

Quando um professor conta histórias em sala de aula, ele consegue levar ao seu aluno. Um dos elementos mais necessárias ao desenvolvimento do ser humano: a ação de criar, recriar, imaginar, ir além do real e conseguir ser mais sensível, mais feliz. Na verdade, todo professor deve ser um leitor, pois só assim poderá auxiliar na formação de leitores.

A seguir, sugerimos, através do texto de Linda Campbel “alguns tópicos” que servirão à reflexão sobre o assunto ora abordado.

Os professores como contadores de histórias

Quando os recursos não estão prontamente disponíveis, ou quando um professor deseja explorar o conteúdo do ensino de várias maneiras, contar histórias oferece uma opção que encanta tanto ouvintes jovens quanto adultos. Qualquer assunto ou tema adquire vida quando é narrado como uma história. Além disso, pessoas de todas as idades acham mais fácil reter uma informação quando ela é codificada em uma história. Mesmo que muitos entre nós aleguem não ser contadores de histórias, todos realmente o somos! Cada um de nós tem histórias de sua vida que gosta de compartilhar, muitos gostam de contar piadas, narrar sonhos ou até fazer “fofoca” sobre os outros - uma prática que pode ser a base para futuros contos populares ou lendas.

Histórias Temáticas

De onde podemos extrair histórias para a sala de aula? De nos-sas próprias experiências de vida. A lembrança de suas próprias reações quando criança ao se deparar com as disciplinas escolares pode proporcionar ao professor histórias da vida real para compartilhar com os alunos que estão aprendendo um conteúdo semelhante. Reelaborar um conteúdo temático como uma história é outra opção que é mais fácil do que de início pode parecer. Um enredo pode ser rapidamente criado identificando-se os personagens principais e algum desafio com os quais eles se confrontam. Os professores podem refletir sobre o conteúdo que planejam ensinar e considerar quais personagens e enredo aparecem como possibilidades para a narração de histórias. Além disso, os alunos estão quase sempre ansiosos para criar e contar histórias que incorporem o conteúdo escolar.

As Dimensões Culturais da Narração de Histórias

Contar histórias é também uma maneira poderosa de proporcionar aos alunos um insight sobre a história e sobre culturas diferentes. Os alunos podem interessar-se por saber que a narração de histórias é mais antiga do que a história escrita. Antes da leitura e da escrita serem comuns, as narrativas transmitiam a história oral de uma cultura - incluindo as esperanças, os medos, os valores e as realizações de seu povo.

Por exemplo, durante a época da escravidão nos Estados Unidos, as histórias assumiram também um outro propósito. Como os escravos não tinham permissão para se reunir em grupos com mais de cinco pessoas, nem falar ou escrever em seus idiomas africanos nativos, nem escrever em inglês, eles inventaram histórias de animais para criar um sentido de comunidade que lhes era negado. O animal que escolheram para muitas de suas histórias foi o coelho - um ser tão impotente quanto os escravos, mas que também sabia de tudo o que acontecia a seu redor, embora por necessidade per-manecesse silencioso. O coelho chamava-se Coelho Brer. Escutando as histórias do Coelho Brer, os alunos podem desenvolver empatia com os escravos que o criaram como personagem central do seu folclore.

Recursos Multiculturais da Narração de Histórias

Há muitos recursos disponíveis para o professor que deseja apresentar os alunos a outras culturas, em parte contando histórias. Quando são contadas histórias multiculturais, os professores podem pedir aos alunos que escutem e reúnam informações sobre várias culturas. Depois de escutar uma história, os professores e os alunos podem discutir a estrutura e a sua mensagem, além de suas implicações culturais. As sugestões propostas incluem:

Qual é o local da história?

Que valores a história transmite?

Como a linguagem é usada na história?

A história reforça alguns estereótipos?

A história diminui alguns estereótipos sobre essa cultura?

Os bibliotecários da escola e do município geralmente conhecem muitos recursos para a narração de histórias e estão prontos para identificar histórias para acompanhar qualquer estudo cultural.

Os alunos como contadores de histórias

Alguns alunos irão alegremente apresentar-se como voluntários para contar histórias para os colegas. Outros acharão a idéia assustadora. Escutar histórias envolve várias habilidades de escuta, enquanto contar histórias requer habilidades lingüísticas. Contar histórias, uma forma divertida e importante de comunicação lingüística, ensina aos alunos o ritmo, o tom e as nuances da linguagem. Os educadores interessados em estimular a narração de histórias em suas salas de aula podem considerar as seguintes diretrizes:

Diretrizes para a Narração de Histórias:

1. Exemplifique você mesmo a narração da história.

2. Identifique contadores de histórias locais para visitar sua classe. Você pode descobrir se há uma associação de contadores de histórias perto de você ou talvez, como na Filadélfia, um contador de histórias oficial da cidade.

3. Ajude os alunos a encontrarem histórias - a partir do conteúdo das aulas, de sonhos, acontecimentos familiares ou escolares, histórias que eles já conhecem, antologias ou entrevistas com pessoas mais velhas

4. Ensine aos alunos algumas habilidades da narração de histórias, tais como:

. começar com uma abertura interessante;

. não aumentar muito o número de personagens;

. certificar-se de que a história contém imagens que os ouvintes podem “ver” ou imaginar;

. estimular o uso de comparações e metáforas;

. animar os pontos-chave da história com efeitos sonoros, voz, gestos e movimentos corporais;

. manter a voz clara, expressiva e compassada;

. fazer contato visual com os ouvintes;

. considerar se deve ou não haver participação dos ouvintes.

5. Praticar a narração de histórias com toda a classe. O professor pode selecionar uma história e lê-la parte por parte, para a classe, pedindo aos alunos que façam sugestões pra torná-la mais viva e interessante. A classe pode ser dividida em grupos, e pode ser designada a cada grupo uma parte da história para ser aprendida e depois contada em seqüência.

6. Para contadores de histórias iniciantes, pode-se aliviar a ansiedade fazendo os alunos contarem suas histórias para pequenos grupos de quatro ou cinco colegas, em vez de contá-la para a classe toda. Os alunos que se oferecem como voluntários podem contar suas histórias para grupos maiores. Contar histórias para crianças menores, em geral, também alivia a tensão desnecessária..

domingo, 27 de setembro de 2009

ÚLTIMAS NOTÍCIAS SOBRE A VIZIVALI...AQUI NO BLOG

Leia na coluna NOTICIANDO...aqui no blog as últimas notícias sobre a VIZIVALI. Notícias atualizadas diariamente.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Número de casos de gripe suína diminuem


O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira que o número de casos graves de gripe suína registrados na última semana é 65 vezes menor do que na primeira semana de agosto. O número de mortes em consequência do vírus Influenza A (H1N1) até o dia 12 de setembro é de 899.

» Veja que cuidados tomar contra a gripe suína
» RS confirma 13 mortes por gripe suína
» Número de mortes sobe para 25 em GO
» Unifesp cadastra voluntários para estudo


Entre os dias 2 e 8 de agosto foram notificados 2.283 casos graves. O número apresentou queda nas semanas seguintes, chegando a 35 entre 6 e 12 de setembro. Entre 25 de abril e 12 de setembro, foram registrados, ao todo, 10.401 casos graves com confirmação laboratorial para algum tipo de gripe, sendo 9.249 (88,9%) positivos para o vírus H1N1.

As 899 mortes ocorreram em: São Paulo (327), Paraná (222), Rio Grande do Sul (148), Rio de Janeiro (84), Santa Catarina (48), Minas Gerais (24), Goiás (20), Minas Gerais (24), Mato Grosso do Sul (7), Amazonas (2), Roraima (2), Pará (2), Paraíba (2), Espírito Santo (2), Mato Grosso (2), Distrito Federal (2), Rondônia (1), Acre (1), Rio Grande do Norte (1), Pernambuco (1) e Bahia (1). Das vítimas fatais, 91 eram grávidas.

O Ministério da Saúde ressaltou que o crescimento do número de mortes não tem relação com novas mortes, mas a casos que tiveram confirmação laboratorial entre 30 de agosto e 12 de setembro. Apesar de o Brasil registrar o maior número de óbitos por gripe suína, o governo afirma que não possui a maior taxa de mortalidade.

Na comparação do número de mortes com a população, o Brasil fica atrás da Argentina, Paraguai, Austrália e Chile. Localizados no hemisfério sul, os países registraram maior quantidade de óbitos por terem enfrentado a pandemia durante o inverno.

Tudo sobre a Gripe Suína




Sintomas da Gripe Suína
Os sintomas são muito parecidos com a gripe comum, estão incluídos: febre alta, cansaço, dores musculares, tosse, fadiga, surgiram pessoas com vômitos e diarréias. Para os porcos já existem vacinas, mas para os seres humanos ainda não temos nada, e pode levar uns 6 meses para que isso ocorra.

O medicamento oseltamivir segundo a OMS, mostrou eficiência nos primeiros testes contra o vírus H1N1, mas não se pode afirmar totalmente ainda tal efeito. O que podemos fazer é sempre estar lavando as mãos, mesmo porque temos que evitar as gripes comuns, que também pode trazer consequências.

O governo deve ser rigoroso nos vôos vindo do exterior, certificando que nenhum passageiro, esteja contaminado, pois mesmo que os sintomas da gripe, não esteja aparente, temos que estar alerta por um período, pois algumas delas vieram de paises que já estão contaminados. Ter a lista de passageiros desse período, e verificar se após alguns dias no nosso país, nenhum deles esteja apresentando algum sintoma, é sempre bom estar em alerta e conscientizar a todos.

O que é a doença Gripe A?

Chamada popularmente de gripe suína, trata-se de uma doença respiratória que surgiu entre os porcos, provocada por um vírus influenza do tipo A, que ataca aves, suínos e humanos. Esses vírus têm alto poder de mutação e contaminação. Por isso, é mais letal que o da gripe comum

Contágio da Gripe Suina
Esse vírus pode passar, por proximidade, dos porcos para os seres humanos. Pela tosse ou pelo espirro de pacientes infectados, a gripe pode ser transmitida entre as pessoas. Não há contaminação ao comer a carne de porco cozida (a 70°) porque os vírus da gripe suína são destruídos a essa temperatura.

OBS: Ao facilitar a transmissão do vírus da Gripe Suína, indivíduos podem favorecer que ele se torne mais agressivo, expondo toda a população a uma forma mais grave da doença” diz o infectologista Artur Timerman.

Sendo assim ,previna-se lavando as mãos pelo menos 10 vezes por dia, principalmente quando sair, ou tiver contato com pessoas que sairam, essas também tem que lavar suas mãos.


Sintomas complementares da gripe A

Os sinais são semelhantes aos da gripe comum, porém, mais agudos e incluem febre acima de 38°, moleza, falta de apetite e tosse. Coriza clara, garganta seca, náusea, vômito e diarréia também podem acontecer; assim como, dores de cabeça, irritação nos olhos e dor muscular e articular.

Só se consegue a certeza isolando-se o vírus influenza tipo A, analisando amostras respiratórias dos pacientes, nos primeiros 4 a 5 dias ou até 10 dias em crianças.
Confira o mapa da Gripe Suína no Mundo atualizado diretamente pelo Google Maps. View H1N1 Swine Flu in a larger map Em contato pelos comentários do blog recebi tal mensagem, O texto do link indicado está realmente bastante esclarecedor em relação a gripe, vale a visita no site do Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde conta com uma página exclusiva (link) na qual você encontrará respostas para todas as suas dúvidas a respeito da gripe suína. Além disso, você pode buscar mais informações no Disk Saúde 0800 61 1997. O Brasil está preparado para enfrentar os casos suspeitos e manterá a população bem informada!

domingo, 13 de setembro de 2009

15 minutos de leitura









O CEI Raio de Sol, trabalha com o projeto "15 minutos de Leitura" desde meados de 2007, e já é possível sentir mudanças em todos os envolvidos, crianças, professoras, e até mesmo na equipe de apoio, o vocabulário de todos enriqueceu e a criatividade também. Parabéns!


PROJETO “MINUTOS DE LEITURA”

A leitura transforma sonhos em realidade
“LER É A POSSIBILIDADE DE IR ALÉM!
É PODER CHEGAR A QUALQUER LUGAR,
SEM PRECISAR DE AVIÃO OU DE TREM.”


Se lhe disserem que ler 10 a 15 minutos para, e com uma criança a partir dos seis meses, ela chegará à escola com 500 horas de leitura e que esses podem ser simplesmente os "15 minutos de qualidade" que ela levará para sempre.
Você já pensou que 15 minutos de leitura diários, pode fazer com que mudemos de atitude?

O objetivo é criar na criança pequena o hábito e o gosto pela leitura com livros adaptados a cada idade e sensibilizá-los para os ganhos de tão simples gesto.


LER É MUITO BOM!
EXPERIMENTE!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

GRIPE A

O COMBATE É A PREVENÇÃO.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Brincar é aprender


Muitas vezes os adultos não conseguem ver na brincadeira de uma criança uma atividade produtiva e indispensável para o seu desenvolvimento. Brincar seria apenas um passatempo enquanto a criança aguarda crescer e abandoná-los. Nada mais errado.
A criança começa a brincar nos seus primeiros meses de vida, inicialmente com o seu próprio corpo, admirando as suas mãos e levan­do-as à boca. Logo a seguir ganha um chocalho, o primeiro brinquedo a ser utilizado. Por volta dos quatro ou cinco meses o bebê brinca de se esconder atrás de um lençol e começa a elaborar o seu processo de separação da mãe, ao mesmo tempo aprendendo que os objetos e as pessoas podem desaparecer por alguns momentos, mas é possível recuperá-los, pois eles continuam existindo e podem ressurgir. A sua individualidade co­meça a se manifestar.
Com nove meses manipula objetos e joga-os ao chão, consolidando conceitos como espaço e distância, causa e efeito. Como não lhe permitem brincar com algo que é seu, suas fezes e urina, utiliza a água, a areia e a terra. E a medida que vai crescendo, brinca com bola, constrói torres com cubos e imita as atividades caseiras. As brincadeiras de “faz de conta” permitem vivenciar as experiências do cotidiano, de forma a entendê-las. Nos jogos estão presentes a sociabilidade, a negociação e o surgimento do espírito de equipe.
Existem muitas funções no ato de brincar, e elas se manifestam nos diferentes tipos de brinquedos e brincadeiras. Por isto, não existe uma maneira certa ou errada de brincar, mas apenas a necessidade de tem­po, espaço e materiais adequados para cada faixa etária.
O brinquedo proporciona à criança a oportunidade de realizar as mais diversas experiências e preparar-se para atingir novas etapas em seu desenvolvimento. Com o brinquedo, a criança pode repetir situações quan­tas vezes forem necessárias, tanto aquelas que lhe dão prazer como as que proporcionaram conflitos que precisam ser elaborados.
Não perturbe, a criança está brincando. Ela está resolvendo problemas e pondo os seus pensamentos em ordem.

As brincadeiras entre crianças pequenas


Crianças entre um e dois anos com frequência praticam o "jogo paralelo": estão juntas, mas brincam separadas.

Crianças gostam da companhia de outras crianças em todas as idades. Entretanto, é preciso conhecer o tipo de relacionamento que ocorre entre elas, pois este será diferente de acordo com a faixa etária.

Geralmente, antes de completar os três anos de idade, as crianças podem brincar em um mesmo ambiente, mas dificilmente estarão desempenhando atividades em conjunto. O mais comum é que elas pratiquem o chamado “jogo paralelo”. Ou seja, ambas estão no mesmo local, próximas uma da outra, mas cada uma está brincando com algo diferente e é muito difícil que compartilhem o mesmo brinquedo simultaneamente.

Na verdade elas ficam se observando, uma imitando a atividade da outra, mas há poucas ações em conjunto, o que vai ser frequente nas crianças maiores quando as brincadeiras serão mais em associação e cooperação entre elas. E também não é raro haver disputa pelo mesmo brinquedo, o que é natural nesta idade.

Cientes destas características, os pais podem tentar interferir o menos possível nas brincadeiras, inclusive nos conflitos, pois esta atitude proporcionará maiores oportunidades das crianças apreenderem umas com as outras.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Tudo sobre a gripe suína

Tire suas dúvidas sobre prevenção e tratamento da nova gripe
Saiba como evitar o contágio e o que fazer caso sinta os sintomas.
Dificuldade para respirar é principal sinal de agravamento.
Assim como ocorre na gripe comum, a maioria dos casos de gripe suína apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para a cura. A taxa de letalidade média, nas duas situações, é de 0,5%. Toda a mobilização em torno da nova gripe se justifica porque o vírus A (H1N1) é novo e ainda não há pesquisas científicas definitivas sobre suas características. Por isso, a prudência manda acompanhar sua evolução passo a passo. O principal risco associado à doença é uma inflamação severa dos pulmões, que pode levar à insuficiência respiratória. Confira abaixo as orientações gerais para lidar com a nova gripe.
É possível prevenir a doença?
Sim. Cubra a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar e jogue o lenço no lixo após o uso. Lave bem as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar. Você também pode usar produtos à base de álcool para limpar as mãos. Evite tocar os olhos, boca e nariz, porque os germes se espalham desse modo. Não compartilhe objetos de uso pessoal, como copos, pratos e talheres. Evite contato próximo com pessoas doentes. Alimente-se bem.
Quais sintomas indicam que eu posso estar com a nova gripe?
Febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza.
O que eu devo fazer se estiver sentindo isso?
Procure seu médico ou vá a um posto de saúde rapidamente.
O que eu NÃO devo fazer?
Não deixe passar 48 horas do início dos sintomas sem fazer nada. Não recorra à automedicação nem fique em casa tomando chazinho. Também não fique obcecado pela ideia de fazer a todo custo o teste para confirmar se você tem o A (H1N1) ou não. Médicos e hospitais vão tratá-lo, independentemente da confirmação laboratorial. Eles vão se orientar pelos sintomas, não pelo teste do H1N1. Também não corra para um hospital se você não está com os sintomas descritos. Muitos hospitais ficaram lotados recentemente com o assédio de pessoas que não tinham nem gripe comum. Evite todos esses extremos. Não há razão para pânico.
A nova gripe é parecida com a comum?
Sim. Na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para a cura. Isso também ocorre na nova gripe. Em ambos os casos, o total de pessoas que morrem após contraírem o vírus em todo o mundo é, em média, de 0,5%. Como cerca de 30% dos que pegam gripe (de qualquer tipo) não apresentam sintomas, e nem todo mundo vai ao médico para relatar a infecção, a porcentagem real de mortos é ainda menor.
Mas se a nova gripe é parecida com a gripe comum, porque tanta mobilização?
Porque o vírus A (H1N1) é novo e ainda não se sabe tudo sobre suas características. É obrigação das autoridades de saúde e da comunidade científica acompanhar de perto a situação. A nova gripe pode afetar gravemente pessoas com sistema imune mais forte, ao menos em certos casos. O principal risco associado à doença é uma inflamação severa dos pulmões, que pode levar à insuficiência respiratória, ou seja, incapacidade de respirar direito.
O que indica agravamento do quadro clínico?
Frequência respiratória superior a 25 respirações por minuto, dores no peito, pressão baixa, dedos das mãos e dos pés arroxeados, confusão mental, sinais de desidratação.
Quem faz parte do grupo de risco?
Maiores de 60 anos de idade, menores de 2 anos, gestantes, pessoas com diabete, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, com deficiência imunológica (como pacientes com câncer ou em tratamento para Aids) ou com doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme.
Se há agravamento ou eu faço parte do grupo de risco, o que acontece?
Você será encaminhado pelo seu médico ou pelo posto de saúde a um dos 68 hospitais de referência para tratamento de casos que inspiram mais cuidados. Essas unidades prepararam 900 leitos com isolamento adequado para atender aos doentes que necessitem de internação. O agravamento do quadro NÃO significa que ele vá ser fatal. Mesmo nos casos graves, a maioria dos pacientes sobrevive.
Quais os critérios de utilização para o remédio contra a nova gripe?
Só os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicados com o remédio específico.
Isso é feito porque o medicamento está em falta?
Não. O objetivo é evitar o uso desnecessário e uma possível resistência ao medicamento. O Ministério da Saúde mantém estoque suficiente de medicamento para tratamento dos casos indicados. Além de comprimidos para uso imediato, há matéria-prima para produzir mais 9 milhões de tratamentos.
O vírus, se infectar grávidas, pode causar problemas de desenvolvimento em fetos?
Não. O grande problema enfrentado por uma grávida é a relativa debilidade do sistema de defesa de seu organismo na comparação com o de outras pessoas. É por isso que grávidas fazem parte do grupo de risco para complicações pela nova gripe.
Quem pega a gripe uma vez pode ser infectado por ela novamente mais tarde?
Não. O organismo cria defesas contra o vírus. No entanto, se houver uma mutação significativa no subtipo do vírus, alterando as características que o agente causador da doença usa para invadir o organismo, é como se fosse uma nova onda de gripe – e aí a doença pode se apresentar de novo.
O vírus A (H1N1) tem “transmissão sustentada” no Brasil? O que isso significa?
Que o contágio no Brasil não está mais vinculado a alguém que viajou e foi infectado pelo vírus ao exterior ou ao contato com quem viajou e foi infectado pelo vírus. Era essa a situação entre 24 de abril, data do primeiro alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), até o dia 15 de julho. Agora o vírus circula pelo país, de forma constante e ininterrupta. Ele não é mais “importado”.
A OMS declarou que há uma “pandemia” da nova gripe. Isso significa que haverá alto grau de mortalidade?
Não. O termo “pandemia” só indica que o vírus se espalhou em vários continentes e se transmite de forma sustentada, ou seja, sem interrupção da cadeia de transmissão no horizonte.
Qual a origem desse vírus?
A gripe A (H1N1), também chamada de gripe suína, é uma doença respiratória causada por um vírus influenza tipo A cujos "ancestrais" causam regularmente crises de gripe em porcos. Ocasionalmente, o vírus vence a barreira entre espécies e afeta humanos. O vírus da gripe suína clássica foi isolado pela primeira vez num porco em 1930. Desde então, o patógeno sofreu novas recombinações e se tornou mais capaz de infectar pessoas.

sábado, 29 de agosto de 2009

Alunos de curso contestado vão obter diploma - IESDE/VIZIVALI

Quem frequentou o curso Iesde/Vizivali terá de fazer complementação a distância para receber certificação
Foz do Iguaçu - Cerca de 35 mil professores que concluíram o curso de graduação Normal Superior oferecido em parceria pelo Instituto Educacional e Sis­tema de Ensino (Iesde) e pela Faculdade Vi­­zinhança Vale do Iguaçu (Vizivali) poderão ter o registro validado. A proposta apresentada nesta semana pelo governador Roberto Requião (PMDB) prevê a criação de um curso para a complementação da carga horária e das matérias exigidas. Ao final, os professores receberão um novo diploma.
O curso Iesde/Vizivali criou um problema para os milhares de alunos que o frequentaram. O programa funcionou de 2002 a 2006 e prometia um diploma de licenciatura com habilitação em educação infantil. O diploma, no entanto, nunca foi validado.
Os detalhes do curso complementar, a coordenação das aulas a distância e a emissão dos registros ficarão a cargo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (Ifet-Pr). De acordo com a assessoria de imprensa do governo do estado, a alternativa encontrada para o impasse, que se arrasta desde 2006 – quando o Conselho Estadual de Educação emitiu um parecer negando a certificação dos professores formados pelo programa Iesde/Vizivali –, está sendo acompanhada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.
Segundo o secretário-chefe de gabinete do governador, Carlos Moreira, a sugestão se ba­­seia no antigo Programa de Ocupação de Vagas Re­­ma­nes­centes (Provar) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os conteúdos, entre eles o de Libras, serão divulgados no endereço eletrônico www.ifpr.edu.br e as aulas deverão ser acompanhadas nas telessalas das sete unidades do estado. “Não será apenas uma validação com emissão de um diploma por outra entidade como a lei sugere. O conteúdo recebido será adequado.”
Em junho, o governo do Pa­­raná havia ajuizado no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de In­­cons­titucionalidade (Adin) a fim de derrubar a Lei Estadual 16.109/09, que garante aos 35 mil professores o registro do diploma. Conforme a lei – cujo veto do governador foi derrubado pelos deputados –, a validação deveria ser feita pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) ou pela Uni­versidade Estadual do Centro do Paraná (Unicentro). Para o estado, a competência sobre o assunto não é do Legislativo, mas do próprio Executivo.

domingo, 23 de agosto de 2009

Hora de se conhecer


Atividades com espelhos ajudam as crianças da creche a construir sua identidade e a entender os limites do próprio corpo

Quem sou eu? Como sou? As respostas a essas questões são fundamentais para a construção da personalidade. Cedo a criança começa a se entender como sujeito e adquirir consciência corporal para se desenvolver e se organizar no espaço e saber se posicionar e se diferenciar do outro. Durante o primeiro ano de vida, os pequenos percebem que são seres independentes da mãe. Há uma fase de exploração das mãos e, depois, a fascinação com o próprio reflexo. "Nas primeiras vezes que a criança depara com a própria imagem pode sentir vergonha ou medo, mas rapidamente se habitua", diz Luciene Tognetta, do Laboratório de Psicologia Genética da Universidade Estadual de Campinas.

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Sequência didática

* Brincadeiras na frente do espelho

Começa então a autodescoberta, numa exploração sensorial relacionada ao desenvolvimento psicológico, essencial para que o indivíduo se perceba como alguém autônomo e com domínio de si. Pensando no desenvolver da identidade desde cedo, a coordenadora pedagógica Caroline Folgar, da Creche Gota de Leite, em Santos, no litoral paulista, elaborou uma seqüência de atividades com espelho para crianças de 2 e 3 anos. "É muito divertido. Elas dão risada e às vezes ficam concentradas se observando", conta. Caso alguém se assuste ao se ver fazendo caretas, basta mostrar que tudo é brincadeira e, se estiver fantasiado, simplesmente tirar o acessório que o amedrontou.

Adriana Toledo
Foto: Emília Brandão
CARAS E BOCAS Crianças da Creche Gota de Leite fazem caretas, imitam os colegas e exploram expressões. Foto: Emília Brandão